(a) Urge, de feito, mais que nunca, entrar, avisadamente na Noção de desenvolvimento social dos constituintes essenciais, enformando o percurso humano, designadamente: a satisfação das “necessidades necessárias” de todos, (sem excepção), a justiça social, um determinado grau de autonomia do indivíduo, a participação de todos, sem excepção, no processo do desenvolvimento social, a preservação do meio social e a protecção da Natureza, isto é, a protecção dos equilíbrios ecológicos que permitam a vida sobre Terra.
(b) Nesta dinâmica, evidentemente o novo desenvolvimento deve ser fundamentalmente “ecológico” (isto é, susceptível de privilegiar a relação ecológica do homem com o seu meio de vida). Eis porque, o seu objectivo primordial deve ser o homem (desenvolvimento social e cultural do homem, obviamente) e o bem-estar da Humanidade (incluindo, ipso facto, a Saúde como uma componente do bem-estar), baseando-se nos ensinamentos avançados pela UNESCO, desde os longínquos anos de 1998-99, do Século XX pretérito.
(c) Deste modo, por razões e motivos óbvios, o eco desenvolvimento/desenvolvimento sustentável (desenvolvimento económico planeado com base na utilização de recursos e na implantação de actividades industriais, de forma a não esgotar os recursos naturais) – dizíamos - constituem, evidentemente e, ipso facto, uma nova abordagem do desenvolvimento social, vinculando-se à ideia de harmonizar os objectivos económicos e sociais com uma Gestão quão íntegra e quão sensata do ambiente (meio de vida social adaptada à Biologia humana).
(d) Com efeito, obviamente, na medida em que o desenvolvimento actual visa a uma mera rentabilidade máxima dos investimentos através do sobre consumo e da deterioração respectiva da Natureza, só poderá outorgar à Saúde um papel auxiliar deste desenvolvimento. Pelo contrário, se o sector Saúde pode se tornar um sector rentável (designadamente, o sector “enfermidades”), desenvolvê-lo-á. É, exactamente, aliás, esta situação que se produziu no mundo contemporâneo, conducente ao desenvolvimento de uma “patologia moderna” vinculada à industrialização, à urbanização, ao sobre consumo, às desigualdades sociais, etc. que oferece um campo propício à economia industrial (indústria farmacêutica, equipamentos médicos, construções de hospitais, transportes, etc.).
(e) Contudo, a conexão entre Saúde e Desenvolvimento não é unicamente uma relação contabilística. De feito, incrementar o P.N.B. para manter o sistema actual de produção não basta para libertar uma exígua e diminuta percentagem do P.N.B. para a Saúde das populações. Por outro, a distribuição da Saúde-doença na população não será ela, outrossim, mais equitativa como é presentemente, se as necessidades de Saúde da população não foram tidas em consideração e reflexão, obviamente.
(f) Enfim, rematando, assertivamente, de feito, o problema de fundo, é o modo global de vida e o sistema de desenvolvimento que estão em causa contemporaneamente (situação, aliás, já denunciada pela OMS (desde o ano de 1974) e, outrossim e, ainda, mais a concentração económica e as desigualdades sociais.
Lisboa, 21 Dezembro 2008.
KWAME KONDÉ
(b) Nesta dinâmica, evidentemente o novo desenvolvimento deve ser fundamentalmente “ecológico” (isto é, susceptível de privilegiar a relação ecológica do homem com o seu meio de vida). Eis porque, o seu objectivo primordial deve ser o homem (desenvolvimento social e cultural do homem, obviamente) e o bem-estar da Humanidade (incluindo, ipso facto, a Saúde como uma componente do bem-estar), baseando-se nos ensinamentos avançados pela UNESCO, desde os longínquos anos de 1998-99, do Século XX pretérito.
(c) Deste modo, por razões e motivos óbvios, o eco desenvolvimento/desenvolvimento sustentável (desenvolvimento económico planeado com base na utilização de recursos e na implantação de actividades industriais, de forma a não esgotar os recursos naturais) – dizíamos - constituem, evidentemente e, ipso facto, uma nova abordagem do desenvolvimento social, vinculando-se à ideia de harmonizar os objectivos económicos e sociais com uma Gestão quão íntegra e quão sensata do ambiente (meio de vida social adaptada à Biologia humana).
(d) Com efeito, obviamente, na medida em que o desenvolvimento actual visa a uma mera rentabilidade máxima dos investimentos através do sobre consumo e da deterioração respectiva da Natureza, só poderá outorgar à Saúde um papel auxiliar deste desenvolvimento. Pelo contrário, se o sector Saúde pode se tornar um sector rentável (designadamente, o sector “enfermidades”), desenvolvê-lo-á. É, exactamente, aliás, esta situação que se produziu no mundo contemporâneo, conducente ao desenvolvimento de uma “patologia moderna” vinculada à industrialização, à urbanização, ao sobre consumo, às desigualdades sociais, etc. que oferece um campo propício à economia industrial (indústria farmacêutica, equipamentos médicos, construções de hospitais, transportes, etc.).
(e) Contudo, a conexão entre Saúde e Desenvolvimento não é unicamente uma relação contabilística. De feito, incrementar o P.N.B. para manter o sistema actual de produção não basta para libertar uma exígua e diminuta percentagem do P.N.B. para a Saúde das populações. Por outro, a distribuição da Saúde-doença na população não será ela, outrossim, mais equitativa como é presentemente, se as necessidades de Saúde da população não foram tidas em consideração e reflexão, obviamente.
(f) Enfim, rematando, assertivamente, de feito, o problema de fundo, é o modo global de vida e o sistema de desenvolvimento que estão em causa contemporaneamente (situação, aliás, já denunciada pela OMS (desde o ano de 1974) e, outrossim e, ainda, mais a concentração económica e as desigualdades sociais.
Lisboa, 21 Dezembro 2008.
KWAME KONDÉ
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