quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Vivendo a Vida e a Existência, Na sua Essência primordial…

Noite de profundo amor
E de doçura fúnebre,
Que brota no topo da montanha, amarga.
No passo sombrio dos guerreiros,
Desces, dor negra,
Do mais elevado nada, nua,
Num perfume de pranto,
Com armadura d’ouro e de delito firmado,
Obscura, esperando a aurora fria, amada. Eis, então
Que convocas ante os meus olhos (os nossos olhos),
O coro remoto dos mortos trespassado por sofrimentos loucos.

Não perdoais os virtuosos mortos,
Ainda luzentes,
Para cavais as clareiras,
Onde o Sangue, à espera,

Cobre roseirais edénicos? ...

Lisboa, 09 Novembro de 2008.

KWAME KONDÉ

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