terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Empresa e Medicina do Trabalho

A Empresa é uma entidade económica e social cujo objectivo principal é obter a melhor compensação/contrapartida financeira no atinente aos produtos ou aos serviços que propõe ao mercado. De anotar, avisadamente, que da boa utilização dos proventos realizados a respeito dos constrangimentos da concorrência nacional ou internacional, dependem, em grande parte, o crescimento e a sobrevivência da empresa.
De feito, em princípio, as Empresas representam o terreno das acções da equipa médica do Trabalho em matéria de Prevenção dos riscos profissionais.
Eis porque, o conhecimento das Empresas não se deve limitar unicamente à vigilância dos assalariados e aos conselhos deduzidos no âmbito de domínio dos riscos. Identicamente, se estende ao conjunto dos desafios aos quais são confrontados no desígnio que os conselhos prodigalizados têm, em elevada consideração, o contexto sócio-económico, por conseguinte, sejam concretamente realizáveis em prazos razoáveis. Na verdade, estes desafios modelam no seio das empresas, concomitantemente, as suas organizações internas e a qualidade das conexões entre os homens.

De consignar, que, na realidade, na maioria dos casos, as empresas podem se situar, num dos três sectores de actividade, que se distingue, usualmente: o sector primário, o sector secundário e o sector terciário.
(1) O Sector Primário: as empresas que se enquadram neste sector são as cujo o valor acrescentado provém da exploração de um recurso natural ou de uma matéria-prima. E, por seu turno, as principais actividades relevando deste sector são a agricultura, a pesca, a energia e as minas. Enfim, de anotar, avisadamente, que este sector, cada vez mais, se torna marginal, nas economias dos países, por consequência dos custos de exploração, demasiado elevados, ou então, por esgotamento dos recursos.
(2) O Sector Secundário: este sector corresponde ao conjunto das actividades industriais. A importância do valor acrescentado da produção em produtos acabados é função da quantidade e da natureza das transformações sofridas pelas matérias-primas.
(3) O Sector Terciário: é o sector dos serviços vendáveis (pagantes) ou não vendáveis (financiados pelo imposto) tais como o comércio, os transportes, a banca, a Saúde ou os Serviços Públicos. Hodiernamente, a tendência é para o predomínio, cada vez mais, robusto deste sector em detrimento dos dois sectores precedentes que sofrem a pressão concorrencial dos Países recentemente industrializados.
(4) Todavia, de sublinhar, que, efectivamente, a impermeabilidade entre os três sectores parece, cada vez menos, nítida pelo facto da evolução célere das técnicas de exploração e da própria organização das empresas propendem para uma robusta integração das actividades complementares com o objectivo de um melhor benefício e rendibilidade.

Esquematicamente, se pode dividir o funcionamento de uma empresa, grosso modo, em dois principais grupos de acção:
---as acções externas em acção directa com os fornecedores e os clientes;
---as acções internas dizem respeito ao funcionamento geral da empresa.
Explicitando adequadamente:
(A) Das acções externas:
1) A inovação, a qualidade, a quantidade, os prazos de colocação no mercado, a adequação da estratégia comercial no mercado e o custo de fabrico dos produtos ou dos serviços em relação à concorrência constituem os principais critérios que devem dominar as empresas para assegurar a rendibilidade das suas actividades respectivas.
2) As funções vinculadas directamente por este objectivo são as funções: direcção geral, compra, produção, logística e venda. Como sustentáculo/apoio a estas funções intervêm as funções investigação/recherche/pesquisa e desenvolvimento, qualidade e manutenção.
3) Estas sete (7) funções constituem o cerne produtivo da empresa. É identicamente, a seu nível que se reconhecerão o essencial dos problemas de Segurança, de Saúde e de Higiene no trabalho.
(B) Das acções internas:
1) Para existir as empresas devem saber se dotar de uma organização eficaz ao nível do pessoal e de uma organização performante ao nível dos meios. E, para responder a estes objectivos, as funções relações humanas, comunicação interna e externa, finanças, sistema de informação, segurança industrial e higiene e segurança são implantadas com uma amplitude que tem em consideração necessidades específicas e da dimensão respectiva de cada empresa.
2) Enfim e, em suma: se afigura, assaz imperativo para a Equipa médica entabular uma sólida e robusta rede de relações com estas últimas funções no desígnio que as acções de Prevenção sejam realizadas com o máximo de coerência e de co-optimização.

Lisboa, 26 Janeiro 2009.
KWAME KONDÉ

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