“Yes, we can. Yes, we can change.
Yes, we can.”
Barack OBAMA (Janeiro 2008)
Yes, we can.”
Barack OBAMA (Janeiro 2008)
“Temos a obrigação de inventar outro mundo porque sabemos
que outro mundo é possível. Mas cabe a nós construí-lo
com as nossas mãos entrando em cena, no palco e na vida.”
Augusto BOAL, In Mensagem Internacional do Dia Mundial 2009
(1) Com efeito, um outro Mundo é possível, indubitavelmente indispensável e, se encontra, aliás, ao nosso alcance. O Capitalismo (com o seu modelo de sociedade edificado sobre o ter, em franco detrimento do Ser), após um reinado de dois séculos, se metamorfoseou, entrando numa fase fatídica. De feito, produz, concomitantemente uma crise económica importante e, outrossim, uma crise ecológica de envergadura e dimensão históricas. Donde e daí, para salvar o Planeta Terra, se impõe urgentemente sair do capitalismo, reconstruindo uma Sociedade em que a economia não é rainha, porém, um instrumento/ferramenta, onde a cooperação deve assumir uma determinada superioridade sobre a competição e, em que, o bem comum deve prevalecer sobre o provento/lucro.
(2) Prosseguindo o nosso Estudo, se afigura pertinente, referir que a Oligarquia (leia-se, grupo de algumas pessoas poderosas, dominando uma porção dos interesses de um país) envida encarniçadamente em desviar a atenção de um público, cada vez mais e mais, consciente do desastre iminente, fazendo-lhe acreditar que a tecnologia (leia-se, outrossim, toda técnica moderna e sofisticada) poderia ultrapassar e superar o obstáculo, em questão. Esta ilusão só visa perpetuar o sistema de dominação em vigor, evidentemente. O que é facto, como ilustra, demais, a demonstração ancorada na realidade objectiva dos nossos dias e, outrossim, animada por numerosas reportagens, o futuro não se encontra (não está, aliás, seguramente) na tecnologia, sim, efectivamente et pour cause, numa nova ordenação das relações sociais.
(3) E, um tanto ou quanto, em jeito de remate assisado, o que fará inclinar a balança, neste caso concreto, é a força e a velocidade com as quais poderemos recuperar a exigência da Solidariedade efectiva. Eis porque, mais que nunca, urge pugnar para a edificação, em bases e alicerces sólidos e robustos, de um novo modelo de Sociedade que privilegia o Ser em detrimento do ter. Eis, efectivamente o autêntico modelo de Sociedade para que vale a pena pugnar, visando legar aos nossos vindouros algo de eminentemente substantivo e credível, por motivos e razões assaz óbvios.
Lisboa, 08 Abril 2009
FRANCISCO FRAGOSO
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