Na demanda de uma Arte “Poética” inovadora:
“Sem forma revolucionária não há
Arte revolucionária.”
VLADIMIR MAIOKÓVSKI
“Eu não forneço nenhuma regra para que
uma pessoa se torne poeta e escreva versos.
E, em geral, tais regras não existem. Chama-se poeta
Justamente o homem que cria estas regras poéticas.”
VLADIMIR MAIAKÓVSKI
Et pour cause, outrossim e, ainda,
O Mestre de sempre,
VLADIMIR MAIAKÓSVIKI:
“O Teatro deve ser um espectáculo detonante.”
“Sem forma revolucionária não há
Arte revolucionária.”
VLADIMIR MAIOKÓVSKI
“Eu não forneço nenhuma regra para que
uma pessoa se torne poeta e escreva versos.
E, em geral, tais regras não existem. Chama-se poeta
Justamente o homem que cria estas regras poéticas.”
VLADIMIR MAIAKÓVSKI
Et pour cause, outrossim e, ainda,
O Mestre de sempre,
VLADIMIR MAIAKÓSVIKI:
“O Teatro deve ser um espectáculo detonante.”
As Terras, abruptas e desérticas, ávidas áridas…
Na sua quietude, beata
Vorazmente bebem no mamilo da Aurora
Velo doce e Negro!
Não parecem se subtrair do ónus do Sono.
Circundadas pelo Silêncio
Murmúrios
Leite matinal
A quem prestam a maior atenção?
A quem contemplam?
Sim, quem aqui habita: as coisas
O ar e a luz?
Oh my God!
Que homem (ou mulher) vai inventar
A primeira chaga?
E a eclosão dos lábios inertes?
Paisagem solidificada numa palavra!
Paysage solidifié sur une parole!
Solidified landscape in a word!
Bista djondjodu n’un palabra!
Pela Letra construímos (construída) a sílaba humana
E da sílaba humana, edificando (edificada)
A palavra/vocábulo/lexema
E da Palavra surde, ipso facto, a Linguagem humana!
Este espelho da alma
Meio de Comunicação com outrem
Elemento de sociabilidade,
Sinal de reconhecimento e de
Pertença à uma Comunidade
A um Grupo e
A uma Cultura…
Não me falem (não nos falem) de Cicatriz. Este
Cerne/Imo azul vermelho
Oculta a minha viagem
(a nossa viagem).
Sonego (sonegamos) a treva arvorada na linha de Horizonte.
Abro (abrimos) o Mundo, sub-repticiamente exauro (exauramos) a
Ordem.
Pois que, já só haverá ensejo/desígnio para
O intrépido Verão, evidentemente.
Ai o élan que me transporta
(nos transporta)
Me conduzirá (nos conduzirá)
Até ti, nossa Musa de sempre
Diva viva, feita de virtude
E, assim, afirmo
(afirmamos)
Que mesmo assim, neste Momento Azado
Quiçá transviado, pois que não será o término da Viagem!
Uma missa de Solidão,
Se enredando de sigilos
Uma etapa remota, longe do meu (do nosso) Império
Da Terra e de inocência.
Oh! Os teus olhos verão!
Tes yeux verront!
Your eyes will see!
Bus odjus t’odja dretu!
Mar e Céu trespassados por uma prega de areia e Saibro!
Mer et Ciel coupés par un pli de sable !
Sea and Sky cut by a sand fold!
Mar y Seu satadjadu pur un préga di rea!
Ó egrégia Verdade, que iluminas o meu Coração,
Concede-me (concede-nos) a Graça de que não
Sejam as trevas a falar-me (a falar-nos!)...
A minha vista (a nossa vista) está obscurecida…,
Porém, consegui (conseguimos) lembrar de Ti.
Ouvi (ouvimos) a tua Voz…
Que me gritava (nos gritava) para regressar.
Escutei-a (escutamo-la) com relutância
Por causa dos homens desagradados.
Todavia, eis me (eis nos) de novo de volta,
Sequioso e desejoso da Tua Fonte.
E que ninguém me impeça (nos impeça) de aproximar dela.
Pois dela beberei (beberemos) e viverei (viveremos!).
Eis porque, acreditar é abrir-se, sair de si próprio,
Confiar, obedecer, arriscar, pôr-se
No percurso existencial em direcção
Às coisas “que não se vêem”: Eis a eloquente
Assunção da positiva Postura
De autêntico Acolhimento activo
Conducente à introdução no Mistério da Vida Plena…
E, para principiar para além do Verbo, eis então:
O prazer das praias
O banquete das ancas
A reemergência das águas
A audácia dos seios virgens
O périplo da Luz (da espádua ao ventre)
As coxas belamente singulares, enfim…
Até aos seixos da praia, polidos pelos pés humanos. Sim, efectivamente
Todo o Mar infinito,
Na sua vastidão, tranquilo
Se derrama entre estas margens inóspitas.
Assim, destarte,
Os meus Lábios (os nossos lábios) empedernirão…
Boca seca!
E, por seu turno, o meu Corpo
O nosso Corpo sucumbirá (desfeito em pó),
Nos arcanos da Matriz primordial da Terra.
E só me restará
(nos restarão)
Estas conquistas de delírio que aniquilam.
Oh! O teu (o nosso) Silêncio!
Oh! Ton (notre) Silence!
Oh! Your (our) Silence!
Bu (nos) Silensu!...Silensu!...Silensu!...
(A Extensão bárbara
A Intermitência de um Dia.
Uma Profusão de Tempo arredado de Usufruto).
Entretanto,
Algures, um tudo-nada de Sombra, como
Um Trejeito (cuidado à parte) se enternece…
Enternecendo plenamente.
Oh my God! A Vida, na sua essência primordial aconteceu, acontecendo!
Lisboa, 02 Abril 2009
KWAME KONDÉ
(Intelectual Internacionalista/Cidadão do Mundo).
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