"La manipulation mentale est inhérente à tout système
totalitaire. Le nazisme comme le stalinisme
furent de formidables manipulations.
Les sectes adoptent ces mêmes méthodes avec
Une diversité de moyens et d’applications"
Bernard Filaire – Les sectes – Flammarion – 1994
totalitaire. Le nazisme comme le stalinisme
furent de formidables manipulations.
Les sectes adoptent ces mêmes méthodes avec
Une diversité de moyens et d’applications"
Bernard Filaire – Les sectes – Flammarion – 1994
Não há dúvida nenhuma, que é, efectivamente, nas seitas que se encontra a maior diversidade na utilização dos processos de manipulação mental, denominada, por vezes, outrossim “lavagem de cérebro”. De feito, pela utilização de técnicas sofisticadas de manipulação, a Seita (Agrupamento religioso fechado sobre si próprio, criado em oposição às ideias e práticas comuns religiosas dominantes), após ter conduzido o adepto a dar crédito que com ela (melhor dito, fazendo-o acreditar bovinamente mesmo) terá as soluções dos seus problemas, conseguindo, deste modo, doutriná-lo e colocá-lo sob a sua dependência e controlar os seus pensamentos.
Com efeito, a expressão “lavagem de cérebro” é imprópria, porquanto esta noção, em apreço, oriunda das torturas sofridas por prisioneiros americanos durante a guerra da Coreia, não corresponde ao que se verifica e se assiste no caso dos adeptos das seitas. De feito, os antigos membros de seitas insistem sobre o facto que se encontram comprometidos com o seu “livre arbítrio”. Os seus testemunhos mostram que não foram torturados, todavia foram seduzidos por promessas de felicidade para as quais consentiram em pagar um preço assaz robusto e, quão chorudo.
De consignar, que não nos move aqui a ideia de colocar em causa a liberdade individual de prática religiosa e de crenças, por mais confusas sejam elas. Não é, outrossim, por causa dos seus dogmas que as seitas são criticáveis, sim, efectivamente pelos seus desvios de rumo e os comportamentos nefandos que podem engendrar.
De salientar assertivamente que a manipulação mental se caracteriza antes pelo carácter “insidioso” da armadilha que se aferrolha sobre o adepto. Deve-se, deste modo, antes considerar este último como vítima sem ele saber por causa do décalage entre o em quê acredita se comprometer e o que será a realidade do seu comprometimento. E, sob a capa de boas intenções, a manipulação mental constitui um temível meio de influência e de controlo pela utilização de procedimentos sobremodo subtis que, subtraídos dos seus objectivos iniciais, envidam em exercer uma influência quão deletéria e ulteriormente convencer no desígnio de alienar a liberdade da vítima e deste facto extrair proveito e benefício, obviamente.
Porém, vendo bem, a manipulação mental só funciona se permanece completamente dissimulada, para que a vítima seja persuadida, de molde a poder dispor livremente dos seus pensamentos e das suas decisões respectivas. Agindo, deste modo, os que implantam a manipulação mental logram adquirir domínio psíquico e físico, poder, proventos e exploração financeira das suas vítimas.
Eis porque, práticas conducentes ao estado deletério de colocação sob influência podem conduzir a alterações no âmbito da formação do pensamento e, outrossim e ainda, à uma perturbação das necessidades fisiológicas e uma desestabilização psicológica. E, o corolário lógico de toda esta acção assaz nefanda é um incremento da dependência e o isolamento num sistema de crenças.
E, rematando, de molde dialecticamente consequente, especialmente nesta Hora de Todas as Verdades, sobre todos os Cidadãos conscientes impende o Dever de denunciar, de modo, o mais veemente possível, todos estes danos e prejuízos respectivos à dignidade e à integridade humana, visto que tais práticas denega ao indivíduo a sua liberdade e o seu direito em dispor de si próprio.
Lisboa, 15 Março 2009
KWAME KONDÉ (Intelectual internacionalista/Cidadão do Mundo)
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